Há vários setores da construção civil que têm crescido nos últimos anos, um dos principais é o da engenharia ambiental, também conhecida como gestão ambiental.
No primeiro caso, o termo costuma remeter à disciplina de estudo da área, enquanto no segundo à relação do profissional da área com as empresas que demandam o serviço. Mas também é comum ouvir falar em ambos os ramos como uma só e mesma preocupação: ou seja pelo setor ambiental como um todo.
Não é segredo para ninguém que o “ecologismo” e a consciência ambiental são uma das pautas mais discutidas não apenas no Brasil e nos demais países emergentes, como no mundo inteiro e especialmente nos países de primeiro mundo.
Não raro, são justamente as maiores nações do mundo em termos de liderança que encabeçam esse assunto.
As pautas e questões mais diretamente ligadas à engenharia/gestão ambiental são as seguintes:
- As relações do meio ambiente com a sociedade;
- Os recursos naturais e o uso sustentável deles;
- A visão de sustentabilidade e as políticas de governo;
- Os valores ambientalistas e o crescimento industrial;
- Os valores ecológicos e o crescimento urbano, etc.
Adiante veremos alguns exemplos pontuais de setores imprescindíveis para qualquer gestor ou engenheiro da área, bem como para qualquer iniciativa privada ou pública que para expandir dependa de impactar o meio ambiente.
Analisando a viabilidade ambiental dos empreendimentos
O exemplo mais ilustrativo e básico sobre o assunto é provavelmente o da área de estudo de viabilidade ambiental, também conhecida pela sigla EVA.
Basicamente, essa frente de estudo de viabilidade nada mais é que a sistematização técnica da análise de todas as questões pertinentes a um determinado projeto.
O que ela faz é delinear as questões financeiras e jurídicas de cunho ambientalista. Graças ao crescimento acelerado que os países têm verificado, tanto no que concerne à indústria em geral como no que concerne à própria construção civil, tem crescido a preocupação com o meio ambiente, bem como a de deixar um mundo sustentável para as futuras gerações.
É claro que todo empreendimento exige e sempre exigiu um bom planejamento.
Nesse sentido, o EVA nada mais é que uma adaptação ou aprofundamento de um esforço geral e de uma técnica que já existiam, agora aplicados à disciplina ambiental.
As pautas mais comumente levadas em conta por essa área de atuação são:
- As políticas e as práticas devidamente sustentáveis;
- Os recursos naturais e as condições sanitárias da região;
- A saúde e segurança da população atingida pelo empreendimento;
- As legislações e diretrizes vigentes para cada setor, etc.
Além da segurança e bem-estar de toda a população do entorno da área que será impactada pelo empreendimento, o aspecto mais importante a ser destacado é o das legislações e diretrizes locais ou mesmo federais que regulam cada tipo de empreendimento e de impacto a ser gerado.
Como sobredito, trata-se de uma evolução do planejamento que sempre permeou esse tipo de iniciativa.
Imagine se a descoberta de uma irregularidade só aparecer durante o processo, no meio da construção, após a preparação da área, depois de todo o investimento de tempo e dinheiro que tenha sido feito.
É para evitar esse tipo de prejuízo e de transtorno que existe o estudo de viabilidade ecológica e ambiental.
As estações e o tratamento de efluentes
Outro exemplo bastante interessante de atuação voltada para o segmento ecológico é o do tratamento de efluentes industriais e residenciais.
Esse tratamento diz respeito tanto à emissão de líquidos quanto à de gases, que são os produtos de uma atividade industrial ou mesmo da rotina domiciliar de uma residência qualquer.
A carga tóxica dessas emissões varia, naturalmente, conforme a fonte que as emite. O exemplo clássico de emissão gasosa é o das chaminés industriais.
Já as matérias mais orgânicas geralmente remetem a residências e produção domiciliar. A falta de tratamento da água implica em problemas que vão desde falta de abastecimento até saneamento público.
É aí que entra o papel da estação de tratamento de efluentes. É nessas estações que todo o trabalho de tratamento é feito de modo a garantir que os líquidos uma vez utilizados e poluídos não retornem para o meio ambiente de modo tóxico e danoso.
Finalmente, os exemplos do tratamento de efluentes e das estações que o operam são bastante significativos porque denotam, mais do que no caso do sobredito EVA (Estudo da Viabilidade Ambiental), como a engenharia ambiental pode estar mais diretamente ligada ao nosso dia a dia.