Existem vários nichos importantes dentro do setor de construção civil. Um dos mais dramáticos, porém, é o que lida com impermeabilização, na prevenção contra vazamentos, umidade, infiltração e rachaduras.
Nada obstante, este é um dos segmentos que mais tem crescido nos últimos anos, dada a sua importância inquestionável.
Nestes casos, grande é a diferença entre fazer o devido processo durante a construção da obra e fazer após a edificação. O que pode ajudar a entender isso é a clássica distinção entre a manutenção preventiva e a corretiva.
Manutenção e prevenção
No caso da manutenção preventiva o que se tem são revisões constantes agendadas com frequência predeterminada, como mensal, trimestral, semestral ou mesmo anual. O importante é que haja esse compromisso de verificar a área de risco antes de ela começar a apresentar possíveis defeitos.
No caso da manutenção corretiva, o que se tem é o famoso “apagar o fogo”. Trata-se de um mecanismo emergencial que entra em ação após o dispositivo apresentar o defeito.
Assim, seus problemas são evidentes e vão do transtorno na agenda e perda de tempo até o prejuízo estrutural de uma edificação.
Esses termos que são eminentemente industriais valem também no caso da impermeabilização. Imagine uma laje com infiltração, uma cobertura mal instalada que causa goteiras ou mesmo uma infiltração de água oriunda de problemas na instalação hidráulica de uma edificação.
É claro que a manutenção preventiva é o ideal para evitar esse tipo de problema. Ou mesmo a devida instalação, que tende a evitar futuros transtorno.
Nomeadamente, os recursos mais comuns dessa área são ligados aos seguintes processos:
- A aplicação de resinas e silicones;
- A instalação de toldos e coberturas;
- A aplicação de aditivos em tintas;
- A instalação de calhas e rufos, etc.
O papel das calhas e dos rufos
Um dos procedimentos mais comumente utilizados contra vazamentos e infiltrações é o da impermeabilização de calhas. Para compreendê-lo melhor, antes vamos entender as principais funções das calhas e rufos.
Os rufos são aquelas chapas que se encontram nas quinas e emendas de paredes e telhas.
Basicamente, sua função é evitar que as precipitações de chuva se concentrem nesses pontos mais frágeis. Assim, já é possível evitar uma série de problemas, especialmente no que diz respeito ao reboco externo e a impedir corrosões, umidade e até rachaduras na parede.
As calhas, por sua vez, têm o papel de concentrar toda essa água que os rufos desviaram e canalizá-la para fora do telhado.
De um modo geral, esses itens são necessários por duas razões: primeiro que, mesmo a precipitação não impactando diretamente os pontos mais frágeis do telhado, o acúmulo de água na região acabaria causando os mesmos problemas.
Segundo, a questão funcional de o telhado da casa não se tornar uma cachoeira, da qual a água escorresse por toda a extensão da cobertura e da construção é o uso desses materiais.
Isso porque, geralmente, dos rufos a água vai para as calhas e os famosos condutores verticais dão vazão dessa água para o jardim, para a calçada ou direto para o esgoto.
Superfícies horizontais e verticais
O serviço de impermeabilização voltado para calhas surge de uma necessidade ainda maior de lidar com o acúmulo de água e a força das precipitações de chuva em algumas regiões do país ou épocas do ano.
Mesmo com o sistema de calhas e rufos, a verdade é que com o tempo a água penetra nos poros dessas instalações e se infiltra.
Existem calhas feitas em metal e outras em alvenaria. Neste último caso, o processo mais comum lida com aditivos para tintas.
Trata-se de uma substância química adicionada no próprio concreto da construção. Ela é conhecida por ser bastante prática e econômica.
Outras soluções incluem os seguintes recursos:
- O poliéster flexível;
- Os selantes flexíveis;
- A aplicação de silicone;
- A manta asfáltica, etc.
As soluções de tipo flexível costumam ser aplicadas em calhas metálicas. Diferente das outras alternativas, elas não precisam de revestimento e permitem a aplicação de qualquer coloração. Além disso, são mecanismos sem emendas e que não geram peso extra ou sobrepeso nas coberturas.
As demais soluções costumam ser aplicadas em alvenaria, como solução para superfícies horizontais. A solução para superfícies verticais mais comum é a dos próprios lona para caminhão e coberturas de policarbonato.
É importante entender que um dispositivo simples como o de uma cobertura ou de um toldo, quando bem instalado e com uma solução boa de impermeabilização (seja a de silicone, seja a de mantas), tende a evitar futuros problemas de infiltração, umidade e até mesmo rachaduras.