A lei de acessibilidade determina que as construções devem ser inclusivas, sobretudo quando se trata de um prédio.
Antigamente, esse compromisso com o público com deficiência só era obrigatório para prédios comerciais, mas a lei se estendeu.
Por esse motivo, neste artigo, você vai conferir quais são os equipamentos necessários para garantir a movimentação e o conforto das pessoas com deficiência (PCD).
Adaptando desde o projeto
Antes de tudo, é preciso salientar que falar em acessibilidade para deficientes não se refere apenas aos cadeirantes.
É preciso pensar em todo o público que apresenta dificuldades de locomoção, como pessoas com muletas, pessoas com deficiência visual e auditiva.
Enfim, até mesmo pessoas que não são consideradas PCDs, como gestantes e obesos, ou que apresentem dificuldade para a locomoção.
Para isso, é preciso considerar as adaptações já no projeto de uma construção. Isso garante mais qualidade, beleza além de economizar muito dinheiro.
Tentar realizar reformas e adicionar equipamentos posteriormente pode sair muito caro. Sobretudo, quando se considera que mesmo a largura das portas podem ser consideradas uma barreira arquitetônica para esse público.
Alguns aspectos importantes de uma construção para garantir a acessibilidade, que não vão tornar a sua obra muito mais onerosa, mas farão toda a diferença para alguém com deficiência, são:
- Rampas;
- Portas com largura de 0,80m no mínimo;
- Banheiros adaptados;
- Acesso da construção às vias públicas sem desnível;
- Elevadores com entrada de 0,80m no mínimo;
- Vagas reservadas no estacionamento.
Seja em uma empresa, em um prédio residencial ou mesmo em uma casa, é importante que essas questões estejam presentes desde o projeto.
Quando se trata de empresas ou prédios, quando o alvará para realizar a obra for pedido pode, inclusive, haver uma rejeição por conta da falta de acessibilidade.
Nesses casos, é importante entender que não se trata apenas de garantir o direito de ir e vir.
Essa é uma questão de inclusão social, permitindo a presença desse público no quadro de funcionários, permitindo que eles tenham uma vida social com maior qualidade e muito mais.
Ao fazer uma construção de difícil acesso, o que se faz é ignorar a existência desse enorme grupo de pessoas, excluindo-o.
Equipamentos importantes
Depois de fazer um projeto de obra inclusivo, é necessário adquirir uma série de equipamentos importantes para a acessibilidade. Alguns deles são opcionais, enquanto outros são obrigatórios.
É necessário, quando for realizar a obra, estar sempre atento às normas reguladoras e, no caso de um equipamento ser opcional, pesar sua utilidade e o valor que ele pode agregar à obra.
No momento de comprar os equipamentos do prédio, é preciso ser detalhista. Por exemplo, a escolha de maçanetas é muito importante.
Muitas pessoas não possuem os movimentos do dedo ou não conseguem aplicar força com a mão, algumas não possuem alguma parte dos membros superior, enfim.
Existem maçanetas que não podem ser abertas por algumas pessoas com deficiência ou que geram desconforto.
A dica é sempre comprar maçanetas em forma de alavanca, que abram com um único movimento e exijam apenas 36N de força.
A altura na qual se instala a maçaneta também importa: 0,90m a 1,10m.
Os equipamentos para acessibilidade do banheiro são específicos e indispensáveis, sobretudo em empresas.
Barras de apoio devem ser instaladas na porta e na parede adequada e é muito positivo que haja um botão de alarme.
Esse botão deve ficar dentro da cabine e aciona uma luz ou aviso sonoro (ou ambos) fora da cabine.
Assim, em situações de acidente haverá ajuda rapidamente. Para fechar as cabines do banheiro sem dificuldades, deve haver um puxador horizontal.
É importante comprar placas para o corrimão das escadas, indicando em braile se a escada sobe ou desce e para qual andar ela leva. Isso garante a locomoção de pessoas com deficiência visual, evitando acidentes.
O elevador de acessibilidade é indispensável em qualquer obra com mais de cinco andares.
Ele precisa ter a porta larga o suficiente para a passagem de uma cadeira de rodas e um chão que não apresente atrito ou dificuldade de movimento para as rodas.
Esses são apenas alguns exemplos dos muitos detalhes nos quais se pode (e deve) pensar quando se está construindo.
A conclusão é que as mudanças podem ser sutis e podem não representar mudanças de custo para o projeto, mas que ainda assim são ignoradas por muitos.
É crucial se informar sobre o assunto, conhecer os produtos que o mercado oferece e incluir as adaptações já no projeto.